Abstrato
Incidência de anomalias congénitas das artérias coronárias em cadáveres embalsamados
M. Alejandra Garretano, Santiago Cubas, Leticia Vazquez, Andres Berke, Eduardo OliveraIntrodução: As anomalias coronárias, cuja incidência é de 0,17% a 1,5%, são relevantes, pois podem estrear-se como morte súbita cardíaca e podem determinar dificuldades técnicas em procedimentos de intervenção como a angiografia coronária. Isto motivou o seguinte estudo, cujo objetivo é determinar a incidência de anomalias e variantes anatómicas na origem e trajeto proximal das artérias coronárias, numa população cadavérica.
Materiais e métodos: Foram dissecados 81 corações de cadáveres adultos, de ambos os sexos, previamente fixados e conservados em solução à base de formol a 10%. Uma vez libertado o coração, foi realizada a identificação e posterior dissecção das artérias coronárias e dos óstios coronários. Foram registados os seguintes dados: Número de óstios, seio aórtico onde se localizam os referidos óstios, artéria que dá origem, trajeto e direção dos mesmos. Os dados foram registados em tabelas para posterior análise.
Resultados: Do total de 81 corações dissecados, 45 (55,6%) apresentavam artérias coronárias “clássicas” na origem e no trajeto proximal e 36 (44,4%) apresentavam variantes anatómicas normais e anomalias coronárias.
Conclusão: O conhecimento das anomalias coronárias é de extrema importância, dado que entre 20% a 90% apresentam morte súbita cardíaca, dado que quando se trata de realizar procedimentos de intervenção, o seu desconhecimento pode determinar um aumento da duração dos procedimentos com maior entrada de contraste e exposição à radiação para o doente, e em cirurgia cardíaca durante a infusão de cardioplegia diretamente pelos óstios coronários.